CELESTINO NETO
( BRASIL - AMAZONAS )
Nasceu em Manaus, AmazonaS há 30 anos [na edição da revista
em 1991]. Fez teatro e foi funcionário público até que não resistiu à sua sede de aventuras e caiu na estrada. Morou em Belém Fortaleza, Natal, Recife, onde publicou três livros na estética de Cordel (formato 10x15 cm), 16 páginas no papel jornal e capa em xilogravura. Gosta de recitar seus poemas e dos outros nos bares da vida pelas madrugadas afora.
PEDRADA
Minha poesia (água mole)
bate em teus olhos (pedra dura)
minha voz (água perene)
martela teu ouvido (pedra fria)
de tanto bater em tua porta
hei de penetrar-te um dia
SEDE DO MUNDO
Não é um copo d´água
que mata minha sede
nem é qualquer sede
que vai me matar
Não penso que o cosmo
são quatro paredes
nem penso que o mundo
possa se explicar
Não penso que a sede
de explicar o mundo
em quatro paredes
vá se saciar
Eu acho que sou
a própria sede
o mundo a água
a me inundar
h EU reca
Na justa hora
que eu mais precisei
de você
você não veio
foi bom
eu descobri que estava
precisando mais de mim
que de você
POEMA PARA EVA
Deus me expulsou de seu paraíso
você me acasalou no seu inferno
doce pecado terno
*
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